domingo, 14 de setembro de 2008

A história...

Cleo veio para minha casa há uns 9 anos atrás. Um amigo de minha filha estava se mudando temporáriamente para a casa de uma tia.
Seriam apenas 15 dias até o novo apartamento ficar pronto, mas a tia era alérgica aos pelinhos da gata, então ele pediu (ou minha filha ofereceu...) para hospedarmos a Cléo.
Aceitei a contragosto. Mãe sempre sabe as consequencias dos entusiasmos dos filhos...
A mudança que se completaria em 15 dias passou dos 2 meses.
A gata já havia se habituado conosco. Claro, com minha filha lhe fazendo todos os dengos...
Com o passar do tempo, até eu acabei concordando que seria uma judiação submeter o animal a uma nova mudança, principalmente porque conosco ela tinha companhia o dia todo e com o dono original, só à noite.
Resultado, os anos passaram, minha filha se casou e eu herdei a gatinha. Por diversas situações que vivemos, passei a amá-la sem ao menos me dar conta.
Só com seu desaparecimento é que percebi o tanto que a quero bem e quanto ela é importante para mim.
As coisas que nela me incomodam como teimosia, genio difícil e algumas outras coisas, foram todas esquecidas. Só me lembrava dela me olhando fixamente, como faz quando quer algo.
Pois é, relacionamentos próximos e duradouros devem ser da mesma forma. Como nunca os tive, fora meus filhos, estou aprendendo com uma gata...
Nunca pensei que isso fosse possível...

Um comentário:

Ana Carina disse...

Muito bonita a história da Cléo!

Costuma-se dizer que só damos valor a algo quando a perdemos ou quase...!

Sem darmos por isso o amor entre um ser humano e um animal de estimação cresce e este torna-se mesmo um membro da família.

Quando tive de dar os filhotes da Branquinha chorei desalmadamente, como se de um filho se tratasse.

Sentimentos...É PURO AMOR!

Beijinhos